O turismo é um dos mais importantes setores geradores de empregos da economia do país, também é um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19. Praticamente todas as atividades foram paralisadas desde março deste ano, quando o surto da doença efetivamente atingiu todo o país. Assim, áreas relacionadas aos meios de transporte, hospedagem, agenciamento de viagens e serviços de alimentação e de lazer sofreram grandes perdas.
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Muitas empresas sucumbiram à crise, a maioria de pequeno porte e familiar, que, sem reserva financeira que lhe permitisse atravessar este período complicado, teve que encerrar definitivamente as atividades.
De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o impacto da Covid-19 foi tão grande no setor que sua recuperação, que em 2019 registrava 7 milhões de brasileiros empregados, pode levar em uma estimativa conservadora, entre cinco e sete anos. Conforme dados divulgados recentemente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), o setor do turismo brasileiro deixou de faturar, entre março e setembro deste ano, cerca de R$ 41,6 bilhões desde o início da pandemia de Covid-19. Esse montante representa retração de 44% no faturamento do setor ante o mesmo período de 2019.
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Especialistas do setor estimam que, mesmo quando decretado o final da pandemia, ainda um pouco distante dos nossos radares, é esperado que, em um primeiro momento, grande parte da população fique receosa de frequentar áreas com aglomerações e, por isso, deve evitar viagens utilizando transporte coletivo ou mesmo hospedar-se em hotéis, pousadas, além de deixar de visitar atrativos. Talvez só com a imunização da população por meio da vacina, cujos estudos estão bem adiantados e que se mostram promissores, é que esse cenário possa mudar.
É certo que os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre o setor de turismo serão devastadores, e sua recuperação deve ser lenta e de forma gradual. Nesse sentido, considero que este é o momento ideal para rever a forma de como reorganizar a equipe para lidar com o retorno maciço dos turistas.
Assim, é necessário começar a planejar o desenvolvimento e a capacitação da equipe, deixando-a preparada para a retomada do setor de turismo. Nesse cenário os empresários e responsáveis pela área de recursos humanos podem incluir nesse planejamento a utilização de, além de profissionais graduados, estudantes estagiários. Estes certamente ajudarão a impulsionar o recomeço das atividades em toda a sua plenitude, já que sempre levam sangue novo e motivação para qualquer empresa.
Como educador e diretor-presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais (Ciee/MG), que atua há mais de 40 anos em todo o Estado oferecendo oportunidades de estágios e de aprendizagem aos jovens, ratifico a importância de incluir os estudantes na estratégia de retomada das empresas do setor de turismo. São jovens ávidos por uma oportunidade no mercado e que, certamente, vão colaborar para alavancar o setor, que mais do que nunca precisará de um novo impulso para voltar às suas atividades normais.
Via: otempo